TDAH Não é Frescura! Desmistificando o Transtorno

TDAH Não é Frescura! Desmistificando o Transtorno.

Quantas vezes você já ouviu frases como:

“TDAH não existe, é só preguiça!”

“Isso é coisa da geração Nutella!”

“Se você quisesse mesmo, conseguiria se concentrar…”

Esses comentários são comuns e mostram o quanto ainda existe desinformação sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Então, por que ainda há tanta resistência em aceitar o TDAH como um transtorno legítimo? Por que algumas pessoas acreditam que é apenas uma “modinha” ou “frescura”? Neste artigo, vamos desmistificar,  explicar sua origem e impacto na vida das pessoas e mostrar por que ele não é uma invenção da sociedade moderna.

Se você já se sentiu incompreendido ou se conhece alguém que precisa entender melhor o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, continue lendo. Afinal, informação pode mudar vidas!

TDAH: Um Transtorno Neurobiológico e Não uma Escolha

O TDAH não é apenas “falta de foco” ou “crianças agitadas demais”. Ele é um transtorno neurobiológico, ou seja, está relacionado ao funcionamento do cérebro. Estudos mostram que pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. têm diferenças no funcionamento dos neurotransmissores, especialmente dopamina e noradrenalina, substâncias essenciais para atenção, controle de impulsos e motivação.

O que isso significa na prática?

Quem tem Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade não escolhe ser distraído ou impulsivo.

O cérebro dessas pessoas funciona de maneira diferente.

Simplesmente “se esforçar mais” não resolve o problema.

Se fosse uma questão de vontade, ninguém escolheria passar a vida perdendo prazos, esquecendo compromissos ou sendo chamado de “irresponsável”. O problema não está no querer, mas sim no como o cérebro processa informações e estímulos externos.

O TDAH Está na Ciência: Não é uma Invenção Moderna

Ainda tem gente que diz que “TDAH não existia antigamente”. Mas a verdade é que  sempre existiu, só não era reconhecido como um transtorno.

Registros históricos mostram sintomas de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade há séculos!

O primeiro relato de sintomas parecidos com o TDAH foi descrito pelo médico alemão Heinrich Hoffmann em 1845.

No início do século XX, especialistas já falavam em “déficit de controle moral” para descrever comportamentos impulsivos.

Nos anos 1960, o transtorno começou a ser estudado mais profundamente na psiquiatria.

Em 1980, a Associação Americana de Psiquiatria (APA) incluiu oficialmente o TDAH no DSM, o principal manual de diagnóstico psiquiátrico do mundo.

Os Mitos Mais Comuns Sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e a Verdade por Trás Deles

Mito 1: “TDAH é só coisa de criança”

Verdade: O TDAH  persisti na vida adulta. 

Mito 2: “TDAH é causado pelo excesso de telas e redes sociais”

Verdade: O TDAH é um transtorno neurológico. Redes sociais podem intensificar sintomas, mas não causam o transtorno.

Mito 3: “Pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade são menos inteligentes”

Verdade: O TDAH não tem relação com inteligência. Algumas pessoas com TDAH têm QI acima da média, mas enfrentam dificuldades na organização e foco.

Mito 4: “TDAH é frescura, basta se esforçar mais”

Verdade: Se fosse assim tão simples, ninguém com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade enfrentaria tantos desafios diários. O problema não é preguiça, mas sim um déficit na regulação da atenção e do impulso.

Mito 5: “TDAH desaparece com o tempo”

Verdade: O transtorno pode mudar ao longo da vida, mas não desaparece. Muitos adultos desenvolvem estratégias para lidar com os sintomas, mas isso não significa que o TDAH sumiu.

Dicas Práticas para Lidar com o TDAH 

Agora que já entendemos que o é um transtorno legítimo, como podemos lidar melhor com seus desafios?

Informação é Poder:

Se alguém disser que Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade não existe, apresente dados científicos. Portanto leia sobre o assunto e siga profissionais especializados.

Organização e Estratégias de Foco:

Use listas de tarefas e alarmes para lembrar compromissos.

Experimente a técnica Pomodoro (25 min de foco + 5 min de descanso).

Explique o TDAH para Pessoas Próximas, famílias e amigos próximos:

Muita gente desconfia do TDAH porque não entende como ele funciona. Dessa maneira, falar sobre o transtorno pode ajudar a criar um ambiente de conscientização e  acolhimento.

Busque Apoio Profissional:

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ajuda a criar estratégias eficazes.

O uso de medicamentos pode ser recomendado pelo psiquiatra. Dessa maneira  procure um profissional para te orientar sobre o melhor medicamento adequado no seu caso.

Pratique a Autocompaixão:

Você não é preguiçoso nem menos capaz. Pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade muitas vezes tem a sua autoestima abalada por não se achar capaz ou menos inteligente que as demais pessoas.

O TDAH pode trazer dificuldades, mas também pode ser um diferencial positivo quando bem gerenciado.

Conclusão

Quanto mais informação e compreensão tivermos, mais podemos ajudar a diminuir o preconceito e melhorar a qualidade de vida de quem tem TDAH.

Se você tem Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, lembre-se: você não está sozinho e não precisa se encaixar nos moldes tradicionais para ter sucesso. Portanto existem caminhos, estratégias e suporte para viver bem com esse transtorno.

E se você conhece alguém que ainda duvida da existência do TDAH, compartilhe este artigo! Informação pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

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