TDAH: Tipo desatento em Adultos e Crianças.
Como a Desatenção e a Hiperatividade Mudam com a Idade?
Já se sentiu como se estivesse sempre um passo atrás dos outros? Se você tem TDAH desatento, pode ter passado a vida ouvindo frases como:
“Você não presta atenção em nada!”
“Parece que você vive no mundo da lua.”
“Como você esqueceu isso de novo?”
E talvez tenha chegado à vida adulta carregando um peso invisível: o da culpa por ser constantemente esquecido, bagunçado ou distraído.
Muita gente pensa que TDAH é só hiperatividade, aquela agitação visível que faz as crianças correrem sem parar ou os adultos parecerem inquietos o tempo todo. Mas e quem tem o TDAH desatento? Aqueles que vivem perdendo prazos, esquecendo compromissos, começando coisas sem terminar e sentindo que o cérebro está sempre embaçado?
Hoje, vamos falar sobre as diferenças entre o TDAH em crianças e adultos, com um olhar especial para a desatenção. Porque a verdade é que o TDAH não some com a idade – ele apenas muda de forma.
Crianças com TDAH Desatento: O Pequeno Astronauta Perdido no Espaço
Uma criança com TDAH desatento não é aquela que fica correndo pela sala, mas sim aquela que está fisicamente presente, mas mentalmente em outro planeta.
Enquanto a professora fala, ela está pensando na história que viu no desenho ontem. Quando os colegas brincam, ela demora para entender as regras porque perdeu metade da explicação. Ela começa a lição, mas logo se distrai observando os próprios dedos ou lembrando do cachorro de estimação.
Características do TDAH desatento em crianças
Se distrai com facilidade, mesmo com coisas que parecem “bobas” para os outros.
Tem dificuldade em seguir instruções longas ou passo a passo.
Parece estar “no mundo da lua” com frequência.
Leva mais tempo para terminar as tarefas porque perde o foco várias vezes.
Precisa de mais esforço do que os colegas para manter a atenção.
Esquece o que acabou de ouvir ou leu.
Agora, se ninguém percebe que isso é um sintoma do TDAH desatento, o que acontece?
A criança pode começar a ser vista como preguiçosa, distraída ou desinteressada, quando, na verdade, seu cérebro simplesmente processa informações de forma diferente.
E Quando Essa Criança Cresce? O Adulto Que Vive Esquecendo Tudo
Se crescer sem um diagnóstico ou sem estratégias para lidar com o TDAH, o mundo não vai ser gentil. Ser desatento na infância pode até ser fofo (“Ai, essa criança vive no mundo da lua”), mas na vida adulta, essa desatenção pode ser confundida com irresponsabilidade, falta de compromisso ou até desleixo.
Na vida Adulta pode acontecer vários fatores como descrevo abaixo
Esquecer prazos no trabalho e viver apagando incêndios de última hora.
Se perder nas próprias ideias e nunca terminar o que começou.
Ter dificuldade de manter uma casa organizada porque se distrai no meio da arrumação.
Esquecer compromissos importantes e parecer negligente sem querer.
O Que Fazer Para Melhorar a Qualidade de Vida?
Agora que já entendemos as diferenças entre o TDAH em crianças e adultos, vamos falar sobre soluções. Afinal, só saber o problema não ajuda muito, né?
Se você tem um filho com TDAH desatento:
Crie rotinas visuais → Quadro de tarefas, listas e lembretes ajudam muito.
Dê instruções curtas e diretas → Em vez de “arrume seu quarto”, diga: “guarde os brinquedos na caixa”.
Evite ambientes muito cheios de estímulos → Um local silencioso e organizado melhora a concentração.
Elogie o esforço, não só os resultados → Dizer “percebi que você tentou se concentrar, parabéns!” faz diferença.
Se você é um adulto com TDAH desatento:
Use alarmes e lembretes para tudo → Não confie na memória.
Divida tarefas grandes em pequenas partes → Em vez de “escrever um relatório”, pense em “escrever a introdução”.
Organize o ambiente de forma prática → Menos bagunça visual = menos distração.
Use técnicas como a Pomodoro → Trabalhar 25 minutos e fazer uma pausa curta ajuda a manter o foco.
Seja gentil consigo mesmo → O TDAH não é falta de esforço, e você não está sozinho nessa.
O TDAH desatento pode ser invisível para os outros, mas nunca para quem vive com ele. Crianças e adultos passam por desafios diferentes, mas no fundo, a luta é a mesma: tentar se encaixar em um mundo que parece não ter sido feito para o seu ritmo.
Portanto é primordial fazer acompanhamento psiquiátrico e psicológico para buscar uma qualidade de vida e aprender a lidar com o funcionamento do seu cérebro, criando estratégias para lidar no seu dia a dia. Sendo assim não deixe de buscar um acompanhamento psicológico para aprender a se conhecer, o autoconhecimento é libertador e importante para uma melhor qualidade de vida.
E aí, você se identificou? Se sim, me conta: qual é o maior desafio que o TDAH traz no seu dia a dia?